Agrupamentos familiares no Acre: estratégias, disputas e manutenção de poder político-eleitoral

Luci Maria Teston, Ermício Sena, Manoel Valdemiro F. Rocha, Rosa Indira Alves

No fim do século 19 o Acre era um território da Bolívia, porém, ocupado por brasileiros. Em um cenário de crescente demanda internacional por borracha e de expansão de sua extração em seringais, milhares de nordestinos, em sua maioria cearenses, migraram para a região para atuarem como seringueiros.

A ocupação brasileira das terras gerou conflitos entre brasileiros e bolivianos. Em 1902, um militar gaúcho, José Plácido de Castro, foi enviado pelo governo do Amazonas para conquistar o território do Acre. Diversas expedições haviam sido organizadas nos anos anteriores, porém, sem sucesso. Iniciava assim a chamada Revolução Acreana, um movimento dos brasileiros no Acre que guerreavam contra a Bolívia e forçavam a incorporação do Acre ao Brasil.

Com o Tratado de Petrópolis, regulamentado por lei federal em 1904, foi estabelecido o fim do confronto entre brasileiros e bolivianos pelo território, que passou oficialmente a fazer parte do Brasil. O processo de emancipação à categoria de estado brasileiro é marcado pela afirmação do poder político local, por meio do movimento autonomista, que culminou com a criação do estado do Acre em 1962.

Nesse processo, seringalistas e comerciantes, em especial, passaram a angariar posições e espaços de destaque na política, estabelecendo as bases para o cenário atual, marcado pelo predomínio de agrupamentos familiares na dinâmica eleitoral do estado. Para melhor compreensão deste movimento serão relacionadas as famílias que, ao longo da história do Acre, passaram a exercer influência política e a ocupar e manter espaços estratégicos de poder no estado.

Quando se trata de manutenção do poder político e eleitoral nas mãos de agrupamentos familiares, o Acre não difere da maioria dos estados da federação. Excetuando-se os anos 1990 em que o chamado esquadrão da morte, liderado pelo então coronel e deputado federal Hildebrando Pascoal, se utilizava do medo para impor “preferências eleitorais” no Acre, foram poucos os momentos de violência política física, sendo mais comum a utilização de um aparato ideológico por parte de famílias e grupos para obterem sucesso nas disputas eleitorais.

No processo de formação e manutenção de poder político e eleitoral sugerimos três hipóteses possíveis. Enquanto alguns agrupamentos familiares são bem-sucedidos na manutenção do poder político, outros desapareceram do cenário. Há, também, famílias que se articulam com outros grupos, que não os seus de origens, para se manterem nas estruturas de poder.

Essas hipóteses permitem algumas reflexões iniciais: existe um padrão para a manutenção do poder político nas mãos de agrupamentos familiares no estado do Acre? As heranças políticas familiares são homogêneas ou obedecem a uma lógica heterogênea, que alimenta uma volatilidade nas regiões do Estado à medida em que perdem espaços de poder? Qual a estratégia utilizada pelos grupos políticos para cooptar determinadas famílias decadentes politicamente? Nos arriscaremos a analisar as famílias com maior capital político-eleitoral situadas nas cinco regiões do estado, para tentar nos aproximarmos das respostas a estas questões.

1 – Região do Baixo Acre: a capital Rio Branco e as famílias Melo, Bestene e Viana

Um dos exemplos mais paradigmáticos de manutenção do poder político e eleitoral por meio de famílias é na capital, Rio Branco. Destacam-se três famílias no maior colégio eleitoral do estado: Melo, Bestene e Viana.

A família Melo tinha no seu patriarca Raimundo Hermínio de Melo (MDB) a maior liderança, sendo eleito deputado estadual por cinco legislaturas ininterruptas (1967-1987), correspondendo a 20 anos de mandato. Seu herdeiro político, Flaviano Melo, foi nomeado pelo governador Nabor Junior à prefeitura de Rio Branco por meio do grupo político de seu pai, o MDB. Em 1982 o partido comandava o governo do Estado.

Após a nomeação ao cargo de prefeito, Flaviano foi eleito governador (1987-1990), senador (1991-1998), prefeito de Rio Branco (2001-2002), deputado federal por dois mandatos (2007- 2014) e eleito novamente para a atual legislatura na Câmara Federal (2019-2022). Nestas eleições concorre novamente a uma vaga para deputado federal. Ao todo são 40 anos de vida pública.

O irmão de Flaviano, José Melo, foi deputado federal por duas legislaturas (1983-1990). Esse é um caso de família que vem obtendo sucesso nas urnas e continua, por meio de Flaviano Melo, exercendo forte influência política no partido que sempre lhes deu sustentação, o MDB.

Outro caso de sucesso em termos de manutenção de poder é a família Bestene. A influência teve início a partir do médico Félix Bestene (PDS), eleito por duas legislaturas para a Assembleia Legislativa do Acre (1979-1986). O seu sobrinho e herdeiro político, José Bestene, foi funcionário não concursado do extinto Banco do Estado do Acre (Banacre).

Com a eleição de Jorge Kalume para a prefeitura de Rio Branco em 1988, o “afilhado político” José Bestene foi convidado para assumir a secretaria de finanças da prefeitura da capital e, a partir de então fez carreira política, sendo eleito em quatro oportunidades deputado estadual, chegando a ser presidente da Assembleia Legislativa. Nestas eleições disputa novamente uma vaga de deputado na Assembleia Legislativa.

José Bestene também assumiu cargos em vários governos, inclusive no governo de Binho Marques (PT). Sua irmã, a professora aposentada Nabiha Bestene, já foi vereadora de Rio Branco (1989-1992), secretária estadual de apoio aos municípios do Acre (1993-1994), diretora financeira da extinta Companhia de Eletricidade do Acre (1995-1997), delegada regional do trabalho DRT/Acre (2001-2003) e atualmente é secretária municipal de educação de Rio Branco.

Alisson Bestene, sobrinho de José Bestene, foi vereador de Rio Branco (2009-2012), secretário estadual de Saúde (2019-2021), secretário de Assuntos Estratégicos do Governo (2021-2022) e chegou a ser cotado para ser vice-governador na chapa de Gladson Cameli (PP) nestas eleições. O filho de José Bestene, Samir Bestene, é vereador em Rio Branco e nas eleições deste ano concorre a uma cadeia na Câmara dos Deputados.

Já a família Viana tinha no patriarca Wildy Viana (PDS) sua maior liderança, iniciando a vida pública como vereador de Rio Branco de 1963 a 1967. Em 1966 foi eleito presidente da Câmara de Vereadores e com a cassação do prefeito Aníbal Miranda naquele ano, assumiu a prefeitura até julho, quando pediu afastamento do cargo para concorrer a uma cadeira de deputado estadual, sendo eleito por três legislaturas consecutivas (1967-1978).

Em 1978 foi eleito deputado federal, ano em que seu cunhado, Joaquim Falcão Macedo, foi eleito governador do Acre pelo Colégio Eleitoral. Foi reeleito para deputado federal na legislatura seguinte, em 1982, e após este mandato não concorreu mais a nenhum cargo e encerrou sua carreira política. Após alguns anos seus filhos, o engenheiro florestal Jorge Viana e o médico Tião Viana passaram a disputar cargos majoritários no Acre.

Jorge Viana (PT) concorreu à primeira eleição em 1990, sendo derrotado no segundo turno por Edmundo Pinto (PDS). Porém, dois anos depois, foi eleito prefeito de Rio Branco (1993-1996). Em 1998 foi candidato ao governo do Acre, sendo eleito no primeiro turno, reelegendo-se em 2002. No pleito de outubro de 2010 foi eleito senador pelo Acre (2011-2018).

Seu irmão, Tião Viana (PT), também não obteve sucesso em sua primeira disputa ao governo do Estado em 1994. Em 1998, ano em seu irmão foi eleito governador, conquistou uma vaga no senado, sendo reeleito em 2006. Em 2010 deixou o mandato de senador e candidatou-se ao governo do estado, elegendo-se em primeiro turno e reelegendo-se em 2014.

Os irmãos Viana foram militantes ativos do movimento estudantil na década de 1980. Outro traço de sua trajetória foram as atividades extrapartidárias. Jorge Viana envolveu-se com a assessoria aos movimentos ambientalistas junto com líderes como Chico Mendes e Marina Silva. Tião Viana esteve assessorando entidades de combate a doenças, como o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). Nestas eleições Jorge Viana disputa o governo do Estado e Tião Viana não concorre a cargos eletivos.

2 – Região do Juruá: o município de Cruzeiro do Sul e as famílias Cameli e Sales

Segundo maior colégio eleitoral do estado, o município de Cruzeiro do Sul é marcado pela atuação de famílias que a gerações se revezam nas esferas do poder municipal, estadual e federal: os Cameli e os Sales.

Empresários bem-sucedidos integram a família Cameli. A história familiar na política inicia com Orleir Messias Cameli, ex-prefeito de Cruzeiro do Sul (1993 a 1994) e ex-governador do Estado (1995-1998).

César Messias, primo de Orleir Cameli, foi deputado estadual por três legislaturas (1991-2002). Também foi secretário de estado no governo de Orleir (1997-1998), prefeito de Cruzeiro do Sul (2000-2004), vice-governador na chapa do petista Binho Marques em 2006, vice-governador na chapa do também petista Tião Viana em 2010 e em 2014 foi eleito deputado federal.

Atualmente, a família Cameli é representada pelo governador do estado, Gladson Cameli, eleito em 2018 no primeiro turno. Gladson, que já foi deputado federal por dois mandatos (2007-2014) e senador (2015-2019), concorre à reeleição neste ano.

Apesar de não ser parente consanguíneo da família Cameli, o atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Nicolau Junior (PP) é cunhado do governador Gladson Cameli e já está na segunda legislatura, tendo sido eleito pela primeira vez em 2014.

Outra família que se reveza no poder por meio do voto na cidade de Cruzeiro do Sul é a família Sales. O patriarca, Vagner Sales, foi deputado estadual por quatro legislaturas consecutivas (1987-2002), correspondendo a 16 anos de mandato. A partir de 2002 passa a concorrer ao parlamento estadual sua esposa, Antônia Rojas Sales, sendo eleita deste então (2003-2022) e, neste ano, novamente disputa uma vaga no parlamento estadual. Juntando o mandato do casal, são 32 anos de ocupação de espaços de poder político no estado.

Vagner Sales também foi prefeito de Cruzeiro do Sul em 2008, sendo reeleito em 2012. A filha do casal Sales, a médica Jéssica Sales, foi eleita deputada federal nas últimas duas legislaturas (2015-2022) e nestas eleições novamente busca uma cadeira na Câmara dos Deputados.

3 – Região do Purus: o município de Sena Madureira e as famílias Serafim e Diniz

Terceiro maior colégio eleitoral do Acre, o município de Sena Madureira assume importância na definição do quadro político no Estado. Nos últimos 20 anos existe uma grande volatilidade de famílias com proeminência política na cidade do ponto de vista eleitoral. A despeito da volatilidade do poder entre famílias ser grande, os marcadores familiares se assemelham a outras cidades do estado.

Mesmo aquelas famílias mais recentes na política configuram um cenário marcado pela sucessão de parentes próximos, na maioria das vezes se utilizando do capital político de um determinado cargo para indicar um outro parente para concorrer a um cargo em outra esfera.

O exemplo mais recente é o da família Serafim, representada pelo atual prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, que chegou ao município para empreender na área extrativista e em poucos anos foi eleito deputado estadual pelo PT (2007-2010). Entretanto, depois de seu mandato, saiu da agremiação, mostrando a inconsistência ideológica das famílias com atuação na região.

Sua irmã, Marileide Serafim, foi eleita deputada estadual pelo PMN (2011-2014) e sua esposa, Meire Serafim, pelo MDB (2019-2022) obtendo o maior número de votos nominais nas eleições de 2018. Atualmente, Mazinho Serafim é prefeito reeleito da cidade de Sena Madureira e sua esposa busca uma vaga na Câmara Federal pelo União Brasil.

Outra família que se destaca no jogo político de Sena Madureira é a família Diniz. Gilberto Diniz foi eleito deputado estadual em duas legislaturas (2007-2014). Seu primo, Gerlen Diniz é deputado estadual reeleito e nestas eleições busca uma cadeira na Câmara dos Deputados.

4 – Região do Alto Acre: o município de Brasileia e as famílias Hassem e Moreira

Sexto maior colégio eleitoral do estado, Brasileia apresentam peculiaridades em relação às famílias tradicionais. Nesta região a disputa entre o capital e o trabalho na década de 1970 e 1980 permitiu que um movimento de trabalhadores organizados em torno dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais, com o apoio da Igreja Católica, se firmasse enquanto alternativa política às famílias tradicionais.

É nesse cenário que a população do município de Xapuri, por exemplo, elegeu e reelegeu o primeiro prefeito seringueiro do Estado, Júlio Barbosa (1997-2004), elegeu Ronald Polanco a deputado estadual por três legislaturas (1995-2006) e elegeu o militante do PT Ubiracy Vasconcelos a prefeito em três eleições.

Entretanto, quando se observa com maior profundidade os municípios situados na região encontramos uma situação de movimentos políticos estratégicos de famílias, a exemplo das famílias Hassem e Moreira.

A família Moreira iniciou a vida pública com Leila Galvão Moreira sendo vereadora pelo PMDB e, depois, migrar para o PT nos anos 2000, sendo vice-prefeita na chapa vitoriosa do partido naquele ano. Em 2004 é eleita e em 2008 reeleita prefeita de Brasiléia pelo PT. Em 2010, seu cunhado, Astério Moreira, conquista uma cadeira na Assembleia pelo PRP, aliado nas eleições estaduais com o PT.

Em 2014 Leila é eleita deputada estadual pelo PT, candidatando-se à reeleição em 2018, não obtendo êxito na disputa. Em 2020, com o PT fora do governo, retorna ao agora MDB e candidata-se à prefeita de Brasiléia, concorrendo contra o PT. Acaba perdendo a eleição para Fernanda Hassem, membro integrante de outra família tradicional na política: a família Hassem.

Fernanda Hassem foi secretária municipal da prefeitura de Brasileia na gestão de Leila Galvão, sendo guinada à condição de candidata do PT à prefeita em duas ocasiões (2016 e 2020) conquistando a vitória nas disputas. A família Hassem também atua no município vizinho, Epitaciolândia, com parentes já tendo exercido mandatos de prefeito municipal e de deputado estadual.

Recentemente, Fernanda Hassem fez movimentos indicando um rompimento com o PT, em um processo político que se assemelha ao observado em relação à Leila Galvão. Supõe-se, neste sentido, que algumas famílias tradicionais adotam estratégias de sobrevivência que consideram alianças aos grupos políticos ligados aos partidos que ocupam espaços de poder.

5 – Região de Tarauacá-Envira: os municípios de Feijó e Tarauacá e as famílias Magalhães e Damasceno

A região, que engloba os municípios de Feijó, Tarauacá e Jordão, tem uma história política recente de volatilidade do voto às famílias e de estratégias de sobrevivência que incluem mudanças de grupo político para a manutenção de poder e, em alguns casos, até mesmo de insucesso na manutenção de poder político-eleitoral.

É o caso da família Magalhães, que iniciou sua trajetória política em Feijó ainda no período da ditadura, na década de 1960, com Romildo Magalhães, seu principal expoente. De 1966 a 1979 Romildo exerceu três mandatos de vereador na cidade. Em 1979 foi nomeado pelo presidente João Figueiredo para prefeito do município de Feijó, exercendo o mandato até 1982.

Foi eleito deputado estadual por duas Legislaturas (1983-1990). Em 1990 foi eleito vice-governador na chapa de Edmundo Pinto, o qual veio a falecer no ano de 1992. A partir da morte de Edmundo, assume o mandato de governador, exercendo a função até 1 de janeiro de 1995.

O sobrinho de Romildo Magalhaes, Peninha, foi eleito vereador na capital Rio Branco e seu irmão Carlos Airton foi, por diversas vezes, secretário na prefeitura de Rio Branco, assim como no governo do Estado, sendo eleito deputado federal em 1994.

Com essa trajetória, poderia se supor que a família Magalhães tivesse acumulado poder e ainda mantivesse um capital político. Apesar da morte precoce de um dos sobrinhos do maior líder da família, Carlos Airton, as várias tentativas dos demais membros para voltar à cena política como protagonistas mostraram-se infrutíferas. Esta constatação demonstra a efemeridade de algumas famílias e seus grupos políticos no estado do Acre.

Apesar do fracasso de uma família tradicional da política no município de Feijó, uma família da cidade de Tarauacá construiu uma estratégia bem-sucedida de acumulação de poder a partir da união com um grupo político que não era originalmente o seu. Trata-se da família Damasceno, com alguns membros atuando e sendo bem-sucedidos na iniciativa privada e outros dedicando-se à disputa político-eleitoral.

O exemplo mais candente dessa estratégia deu-se recentemente com o jovem médico Rodrigo Damasceno, eleito duas vezes prefeito de Tarauacá. Seu tio, Benê Damasceno, foi eleito deputado estadual (1995-1998) e atualmente está em seu segundo mandato de prefeito da cidade de Porto Acre (2017-2024).

Rodrigo Damasceno usou de um artifício bastante utilizado pelas famílias tradicionais na política no Acre, o de migrar com seus membros para o grupo que está no poder. Seu mandato de prefeito foi conquistado no PT, que naquele momento detinha o governo do Estado. O político pôde se utilizar do recall da imagem dos líderes da Frente Popular do Acre, que liderou a política no estado por 20 anos. Após a débâcle dessa frente de partidos, migrou para o PSDB.

4 – Cenário e perspectivas

Desde a redemocratização do país existem famílias e grupos políticos que detém uma parcela do poder, seja em cargos majoritários ou proporcionais. Entretanto, esta manutenção nem sempre foi ou é homogênea. Como estratégia de sobrevivência, há famílias que se submetem à mudança de grupo político e outras simplesmente deixam de existir enquanto família com capital político-eleitoral.

Da breve análise às famílias no Acre sobressalta-se que, desde o momento em que a política se institucionalizou, depois da autonomia do Estado, é muito tênue a linha que separa as famílias no tocante aos modelos de acumulação e perda de poder político-eleitoral.

Se por um lado há famílias e grupos que nunca perderam por completo o poder, existem os que perdem, mas readquirem o poder político e, também, as famílias que perdem e desistem da disputa. Mas o fato é que, invariavelmente, as famílias e grupos políticos não são muitos, estão restritas às pessoas que conseguem se articular nas esferas do poder, sejam nas câmaras municipais de vereadores, nas prefeituras, na Assembleia Legislativa, no governo do Estado, na Câmara Federal e no Senado.

Outra constatação da manutenção do poder político é a reinvenção para se ajustar aos novos grupos que ascendem ao poder. No Acre, há o ditado popular de que todos se conhecem. Talvez esta máxima sirva para classificar as famílias, já que elas parecem se conhecer, saber como cada uma se movimenta e como lidar com as oportunidades políticas que surgem no período eleitoral.

Fontes:

https://eleicoes.poder360.com.br

https://www.tse.jus.br/eleitor/estatisticas-de-eleitorado/consulta-por-municipio-zona